Parte fundamental desta série de artigos devo às contribuições feitas pelo Prof. Dr. Alcides José Scaglia para a área da pedagogia do esporte, em específico, a pedagogia do treinamento. Obrigado por compartilhar seus conhecimentos comigo!
Quando pensamos na formação de um atleta, em geral, pensamos de maneira bastante pontual, ou seja, no momento em que temos nosso aluno em mãos, porém, pouco se reflete em dois sentidos: o que ele já aprendeu sobre o esporte e, o que tenho que fazê-lo aprender nesse período para que ele tenha conteúdos bem assimilados sobre o esporte.
Essas questões nos remontam à necessidade de entender o processo de formação desse nosso aluno. O segredo está, portanto, na palavra processo.
Ao falarmos de um processo, falamos de uma organização feita, levando em consideração que algo será levado de uma condição para outra.
No caso da formação de jogadores (ou não de handebol) pode-se pensar no seu perfil de ingresso (entrada) e perfil de egresso (saída) desse aluno.
Dessa forma, deve-se considerar aquilo que ele possui de conhecimentos já adquiridos e pensar em como agregar novos possíveis à sua formação (como bem ressalta Jean Piaget) e também como adaptar seus possíveis às novas possibilidades presentes no jogo de handebol.
Logo, se há processo, há diferentes etapas e diferentes conteúdos a serem ensinados ao longo desse período.
Ao mesmo tempo, chega a ser utópico imaginar que seremos capazes de orientar toda a formação de um atleta de handebol em nossas mãos, surgindo o pensamento: “De que adianta eu me preocupar com a formação de meu aluno, fazendo todo trabalho adequado à sua boa formação como atleta, sendo que amanhã ele poderá ir para outro local e não sei se haverá essa preocupação nesse novo ambiente?”
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